Parte importante da nossa vestimenta, aliado recomendável da saúde dos pés e sinalizador de estilo e conforto que, em especial, as pessoas idosas buscam, o calçado requer atenção particular. “O sapato tem, além da função primeira de proteger os pés, o papel de comunicar e expressar valores e ainda contextualizar como nos relacionamos com a vida”, sentencia Paula Ferber da Fonseca, empresária e designer (*). Valendo-se de uma dose de subjetividade, a especialista aponta: “o que usamos nos pés determina como serão nossos passos”.
Na maturidade, a escolha do calçado adequado se torna imprescindível. Vale notar, também, que cada pé tem características específicas, que orientam o uso desse importante acessório, seja para mulheres ou homens. Os sapatos devem atender a função do caminhar, por isso temos que entendê-lo como um objeto de performance.

O que observar primeiro
– Largura e altura dos pés
– Formato dos dedos e das unhas
– Tipo de pele dos pés
– Eventuais problemas existentes como joanetes, fáscia plantar, esporão de calcâneo ou unhas encravadas
Modelos e a estrutura do pé
Existem formas e modelagens de sapatos que se adaptam a todos os tipos de pés:

– Pé largo, uma fôrma muito afinada vai acabar criando calos
– Pé chato e fino, o ideal é buscar fôrmas mais finas e alongadas ou comprar palmilhas, que ajustem os pés e proporcionem firmeza ao caminhar
O material também é algo importante a se observar na hora de eleger um sapato. Aquele mais resistente e macio tende a se ajustar melhor aos pés e abraçar com leveza os mesmos, respeitando o formato natural do pé sem causar danos à pele e aos ossos da região, que tendem a formar calosidades e deformações em caso de agressão.
O salto é um capítulo à parte. Embora entregue sensualidade e sofisticação, não deveria ser usado com frequência, pois acarreta muitos prejuízos ao pé. O salto saudável não passa de 5 cm, e o ideal seria até 3 cm. Existem algumas maneiras de se driblar esta questão. Sapatos que têm meia pata ou plataforma na parte da frente ajudam a diminuir o ângulo do salto e, por isso, permitem o caminhar com mais conforto e menor sofrimento aos pés.
Outro ponto a ser observado é o amortecimento, auxiliado por palmilhas confortáveis e solas antiderrapantes.
(*) Paula ferber da Fonseca é empresária e designer. Cursou administração na Fundação Getúlio Vargas, trabalhou na São Paulo Alpargatas como gerente de produto da linha de calçados femininos e na Arezzo como designer de sapatos e bolsas. Foi modelo de fotografia dos 18 aos 25 anos, tendo atuado na profissão que incluiu breve permanência em países como Japão e Grécia. Tem marca homônima e autoral de calçado, há 25 anos.

