Economia e Finanças

As finanças e o sonho longevo de curtir a vida

Como a nova geração de maduros lida com seu patrimônio e recursos financeiros? Falamos do sonho de curtir a vida, viajar, morar numa casa confortável, tomar vinho com amigos, ir ao teatro com maior frequência, adquirir novo bem, colecionar objetos… só para citar alguns desejos e conquistas.

Ricardo Rocha: literatura que ajuda conhecer mais sobre finanças

Seja qual for a ordem na lista de prioridades, especificamente materiais, antes e depois da aposentadoria, buscamos analisar, com ajuda de um especialista em finanças, como aqueles que nos tempos atuais chegaram à melhor idade encaram o sabor e os desafios de materializar sonhos.

Ricardo Humberto Rocha, doutor em Finanças e Administração pela FEA – USP e especialista com 20 anos como executivo de instituição financeira, tem uma visão clara sobre o tema. Ele, que atua desde 1999 exatamente na cadeira da disciplina finanças de mercado, no Insper – Instituto de Ensino e Pesquisa, na capital paulista, observa que quando o assunto é o dinheiro da geração platinada há uma mudança mais recente de comportamento que vale ser analisada.

Familiarizado com Finanças de Mercado e Corporativas, Gestão de Riscos e Planejamento Financeiro Pessoal, o professor Ricardo Rocha considera que o comportamento da nova ‘safra’ 60+, no quesito dinheiro/projeto de vida se projeta para além da aposentadoria. As fontes de renda mais previsíveis são a Previdência Pública (INSS), na maioria dos casos, com alguma vantagem extra, também a Previdência Privada e, no conjunto dos mais precavidos e que se planejaram durante o período de plena atividade econômica, de acordo com ele, algum dinheiro poupado.

A quantas anda a maturidade financeira?

Se no passado o mais usual era chegar à maturidade principalmente com imóveis compondo o patrimônio, via de regra um legado para herdeiros, hoje a tendência é essa faixa etária ter mais ativos financeiros, ou seja, dinheiro aplicado para usufruto próprio, acredita o especialista. Contudo, ele que também é consultor da entidade que reúne os bancos do País (a Frebraban) e da B3 AS –  a Bolsa de Valores descarta que os poupadores em idade mais avançada utilizem um tipo de “personal” dedicado a assessorar suas finanças.

Para especialista, maduros tendem aproveitar mais o pé-de-meia

“Estamos diante de um processo de educação do investidor, um caminho ainda longo”, esclarece o professor. A maioria dos maduros, na percepção de Rocha,ainda se baseia no que hoje está exposto nas mídias, redes sociais, nas indicações de algum influencer em investimentos ou recorre à clássica ajuda do gerente de sua conta bancária.

Na década de 90, já preocupado em formar e informar uma geração mais consciente de investidores, quanto ao trato correto com suas economias, Rocha escreveu o livro “Esticando a Mesada”, em parceria com o jornalista de finanças Rodney Vergili. E em meio a outras obras já publicadas tendo como vetor o meio das finanças, este ano, o autor voltou ao circuito editorial com “Mercado de Capitais e Bolsa de Valores”, com participação de outros dois nomes de peso do mercado financeiro: Walter Cestari e Marcos Piellusch.

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