Por: Juliana Pizzocolo*
Estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU) indicam que, nos padrões atuais, o Brasil terá cerca de 231 milhões de habitantes em 2046. Desse total, 61,8 milhões, ou seja 26,7% da população, terão mais de 60 anos. Hoje, o público sênior representa 31,5 milhões, ou seja 14,6% do total de 215 milhões de habitantes residente no País, ainda segundo os dados de 2022 da Divisão de População da ONU.
Sabemos que ao longo da vida nosso corpo passa por diversas mudanças, e isso não é diferente com nossas células!
Após os 60 anos, vamos perdendo forças e massa muscular e, com isso uma diminuição da atividade física, tendo como consequência, um metabolismo mais lento, maior risco de quedas além de problemas físicos e mentais.
Cada vez mais estudos têm mostrado que um estilo de vida saudável proporciona não somente a prevenção de doenças, comuns no envelhecimento, como também ajuda no controle das mesmas, quando já instaladas.
Seguem algumas ações que são indispensáveis nessa fase:
– Consumo de proteínas: além de ajudarem na manutenção da massa muscular (e prevenção da sarcopenia), auxiliam na imunidade. Ex. carnes magras (aves, bovina, peixes), ovos, leguminosas (feijões, ervilha, lentilha, grão de bico).
– Ingestão de cálcio: ajuda na prevenção da osteoporose, uma vez que ocorre perda de massa óssea no envelhecimento. Ex. queijos, leite, iogurtes e folhas verde escuras (espinafre, agrião, rúcula, brócolis).
– Vitamina D: essa vitamina é essencial para a fixação do cálcio nos ossos. Lembre-se: a ativação dessa vitamina ocorre com a exposição solar (não esqueça o protetor!), porém, existem alguns alimentos que auxiliam nesse processo. Ex. ovos e peixes gordurosos (salmão, sardinha e atum).
– Água: indispensável para o bom funcionamento do organismo, pois auxilia nos processos químicos.
– Atividade física: músculos fortes, corpo forte!
E quais alimentos devem ser evitados?
– Alimentos industrializados
– Açúcares em geral
– Gorduras e peles das carnes
– Refrigerantes e sucos artificiais
– Frituras e preparações gordurosas
– Frios e embutidos
Lembrando que somos indivíduos bioquimicamente únicos, portanto, é essencial o acompanhamento com um nutricionista para um plano alimentar individualizado.
Mais do que saber o que você come, é necessário compreender porquê você come o que come. Entenda: a nutrição vai muito além da bioquímica.
*Juliana Pizzocolo (CRN 3 23055) é formada em Nutrição pelo Centro Universitário São Camilo (São Paulo) e Mestrado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Nutricionista Funcional, Mestre em Ciências, Pesquisadora e diretora do Instituto Brasileiro de Nutrição Funcional (IBNF).