Plagiando o Super-Homem, vale perguntar. É um pássaro? É um avião? Não. É uma baleia metálica, que não veio do planeta Krypyon, mas foi inspirada em dois clássicos da literatura: Moby Dick (Herman Melville – 1851) e As Aventuras de Pinóquio (Carlo Collodi – 1883).
A escultura – construída na Avenida Faria Lima, no cruzamento com a Rua Leopoldo Couto de Magalhães, na praça do edifício B32, na capital paulista – tem 6 m de altura, 20 m de comprimento e custou 2 milhões de reais. Em sua estrutura foram utilizados aproximadamente 70 m² de vidros laminados temperados, de controle solar prata, que têm aparência espelhada por seu revestimento metalizado.
A ideia de ter no local um grande marco foi do paisagista norte-americano Thomas Balsley, autor do projeto da praça, mas a decisão de ser uma baleia foi da própria equipe do empreendimento B32, liderado por Rafael Birmann e com concepção de Pedro Terra.
E são eles que explicam: “as baleias mergulham a 3 mil metros de profundidade, assim como nós, seres humanos, mergulhamos em nós mesmos em busca de sentido, explorando nosso subconsciente. Seus saltos no ar e a maneira como respiram nos falam da energia criativa e da força da vida. Quase extintas pela caça predatória, tornaram-se um símbolo do respeito à natureza, da preservação ambiental e da superação”.
O desenho e a modelagem computacional foram concebidos pelo arquiteto espanhol Matías Nieto-Tolosa, da Artemátyika. E a execução – coordenada pelo arquiteto Renato Silva, da Caropá Arquitetura – foi do engenheiro Felício Vitta e do calculista Flávio D´Alambert.
