Carnavalescos à postos, nas ruas e avenidas, salões de baile ou sambódromos, a festa é a data máxima, de Norte a Sul do Brasil, para aqueles que não dispensam a diversão, de fantasia ou de cara limpa, em pleno reinado de Momo. Quem não aprecia, faz retiro espiritual, pega a estrada rumo à praia ou campo e, em algum intervalo, assiste este ou aquele cortejo de uma escola de samba ou blocos pela TV. Há quem diga que ninguém consegue ficar 100% indiferente ao carnaval.
Mas até chegar aos dias de hoje, o carnaval passou por mudanças. Ritmos novos foram se somando até transformarem o Brasil num caldeirão de sons.
Aqueles que gostam de voltar no tempo certamente lembram, nostalgicamente, da época em que a diversão nos carnavais era bem diferente, a começar pela denominação de “Dias de Entrudo”. Os “foliões” atiravam – uns nos outros – bolinhas de cera, conhecidas por “laranjinhas de cheiro”. Quando estouravam ocorria um verdadeiro banho de aromas. Mais tarde, a laranjinha foi substituída pelo lança-perfume.
Durante muitos anos, o carnaval era festejado apenas em três dias – domingo, segunda e terça-feira – quando as ruas eram invadidas pelo corso, formado por “fordinhos” de capota arriada, caminhões e o povo atrás em coloridos blocos, com chuva de confete e serpentina. Tudo acompanhado por muita música e muita alegria. Depois de algumas horas, a folia deixava as ruas e tomava conta dos clubes para o início do baile carnavalesco.
Mas à meia-noite da terça-feira a cena mudava. A partir dessa hora, o respeito pela quarta-feira de cinzas fazia com que todos retirassem as máscaras, a música se tornava suave e o baile – sem clima carnavalesco – prosseguia até às 4 horas da manhã.
Ritmos se sucederam para ganhar o coração dos foliões Brasil afora
O movimento seguinte foi o das marchinhas que, junto com Chiquinha Gonzaga e a música “O Abre-alas”, se tornaram símbolo desse gênero. E o samba, propriamente dito, somente surgiria por volta da década de 1910. Na Bahia, os primeiros afoxés datam da virada do século XIX para o XX, e o ritmo é um marco que celebra as tradições culturais africanas. Por volta do mesmo período, o frevo passou a ser praticado no Recife, e o maracatu ganhou as ruas de Olinda.
Em 1950, na cidade de Salvador (BA), o trio elétrico surgiu após os músicos Dodô e Osmar utilizarem um antigo caminhão para colocar, em sua caçamba, instrumentos musicais. Com os acordes amplificados, esse carnaval ambulante passou a transitar, tradicionalmente, pelas ruas da cidade e foi batizado de “Trio Elétrico”.
Na década de 1960, as escolas de samba e o carnaval carioca passaram a se tornar importante atividade comercial e alvo de altos investimentos. As primeiras arquibancadas para assistir aos desfiles foram montadas na Cidade do Rio de Janeiro, na avenida Rio Branco. São Paulo seguiu os passos dos festejos cariocas e passou a desenvolver o seu próprio desfile.
Quem já não teve um ‘amor de carnaval’?
Muito frequente é a alusão a romances que acontecem estimulados pelo clima descontraído e alegre do festejo. Para reforçar esta simbólica vocaçãocarnavalesca, se associa à folia as figuras do Pierrot, Arlequim e Colombina. Personagens de um triângulo amoroso, baseado em comédia italiana do século XVI. Pierrot vive um amor não correspondido por Colombina e ela, por sua vez, é apaixonada por Arlequim. Os três são empregados de uma família rica e tradicional italiana e fazem uma sátira social da época. A história se popularizou e inspira fantasias por todo o mundo, até os dias atuais.
“Quanto riso, oh, quanta alegria!
Mais de mil palhaços no salão
Arlequim está chorando
Pelo amor da Colombina
No meio da multidão”
(Trecho de “Máscara Negra”, marcha-rancho composta por Zé Keti e Pereira Matos, para o Carnaval de 1967)
“Não existe som mais espetacular do que o de uma bateria de escola de samba na época do carnaval. Sempre mexeu comigo e faz o sangue correr mais rápido e mais quente nas minhas veias. A bateria de grupos de jazz não me toca a mínima.”
Carmen Miranda, atriz e cantora brasileira (1909–1955).
Cuidados com a saúde antes e pós-folia
Segue link de cuidados com a saúde extraído do site “depoisdos39”, da jornalista Rita Palladino. São dicas que valem para 50+, 60+, 70+ e quem mais as quiser seguir:
Fotos: Banco de imagem e Nina Marciano
Que legal Nina!!! Obrigada por postar meu detox.
Eu que agradeço a possibilidade de postar conteúdo de qualidade!